Em termos gerais, civilidade significa respeitar a dignidade do próximo nos relacionamentos interpessoais. De acordo com P. M. Forni, um dos maiores estudiosos sobre o assunto, civilidade “não é simplesmente uma questão de bons modos, mas um componente importante para o sucesso profissional”.
Por civilidade as pessoas podem esperar respeito, tolerância, cortesia, consideração e abordagem racional de conflitos. Há uma expectativa que todos sigam as normas sociais que lhes permitam relacionar-se de forma produtiva e positiva.
CIVILIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO
Reuniões que começam atrasadas e se prolongam indefinidamente, comentários sobre crenças religiosas ou preferências políticas, linguagem chula e desrespeito pelo espaço pessoal e pela propriedade dos colegas são alguns dos exemplos mais comuns de incivilidade.
É de se esperar que líderes e liderados se comportem com o mínimo de respeito, educação e suporte no ambiente de trabalho. A civilidade pressupõe tratamento cortês, positivo e encorajador no local de trabalho, o que não afasta as regras de hierarquia e de poder dentro da organização.
Entretanto, firmeza não é rudeza, e civilidade não é fraqueza. A organização deve tornar claro que a civilidade não é um fim em si mesmo, mas um meio formado por um conjunto de comportamentos positivos. Caso contrário, a mensagem da civilidade será deturpada por gestores e trabalhadores.
Mas como exercer e desenvolver uma cultura de civilidade no ambiente de trabalho? Seguem alguns exemplos:
- respeito à dignidade de todos;
- respeito à diversidade em todas as suas manifestações;
- utilização de linguagem clara e respeitosa;
- incentivo à facilitação da comunicação entre colegas, gestores e setores;
- realização de treinamentos sobre civilidade;
- promoção dos gestores com base no exercício da civilidade;
- capacitação dos profissionais em técnicas típicas de comunicação e mediação como escuta ativa e atenção plena.
Aliás, cada vez mais os gestores e mesmo os subordinados diretos passam a atuar como verdadeiros mediadores no ambiente de trabalho. Em 2005, um artigo da revista Time apontou que executivos das 1000 maiores empresas norte-americanas gastavam cerca de 13% de seus expedientes na mediação de conflitos entre trabalhadores.
Assim, a civilidade se torna uma arma para prevenir conflitos, aprimorar relacionamentos e resolver adequadamente disputas. Mas não adianta impor e cobrar civilidade da base da pirâmide hierárquica; líderes e gestores devem dar o exemplo.